terça-feira, janeiro 29, 2013
segunda-feira, janeiro 28, 2013
Cão vadio
Sou como aquele cão vadio
Andando sem direção
Não é um cão sadio
Mas uma fera sem compaixão
Um cão tão sujo assim
Teria ele uma casa
Um dono, uma coleira?
Ou seria ele um nômade
Levando a vida na poeira?
Não abrigue um cão vadio
Um cigano sem direção
Pois um cão fareja o caminho
Pra bem longe da razão
Dê lhe água
Faça um carinho
Coce a orelha desse cão
Mas não abrigue um cão vadio
Ele pode morder a sua mão.
Andando sem direção
Não é um cão sadio
Mas uma fera sem compaixão
Um cão tão sujo assim
Teria ele uma casa
Um dono, uma coleira?
Ou seria ele um nômade
Levando a vida na poeira?
Não abrigue um cão vadio
Um cigano sem direção
Pois um cão fareja o caminho
Pra bem longe da razão
Dê lhe água
Faça um carinho
Coce a orelha desse cão
Mas não abrigue um cão vadio
Ele pode morder a sua mão.
Marcadores: Poesia
quarta-feira, janeiro 23, 2013
A ilusão
E um sorriso puro assim
Como a quimera que sonhei
Queima algo bem em mim
Como a ferida que cocei
Foi a flor que eu lhe dei
O avesso do carmim
Um botão negro de rosa
Com espinhos, espinhos sem fim
E você, toda prosa
Ousou amar-me, enfim
Arrastou-me por meus pêlos
Mostrou-me seu cetim
Amarrou-me em seus cabelos
A mancha escura no marfim
Me vi cego, sem direção
Louco, maníaco, sedado
A droga da paixão
O miocárdio arrasado
Mas há algo ali no chão
Uma sombra? Alguém parado?
É a maldita razão
A ilusão de estar curado
Como a quimera que sonhei
Queima algo bem em mim
Como a ferida que cocei
Foi a flor que eu lhe dei
O avesso do carmim
Um botão negro de rosa
Com espinhos, espinhos sem fim
E você, toda prosa
Ousou amar-me, enfim
Arrastou-me por meus pêlos
Mostrou-me seu cetim
Amarrou-me em seus cabelos
A mancha escura no marfim
Me vi cego, sem direção
Louco, maníaco, sedado
A droga da paixão
O miocárdio arrasado
Mas há algo ali no chão
Uma sombra? Alguém parado?
É a maldita razão
A ilusão de estar curado
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terça-feira, janeiro 15, 2013
E o ano já começou uma merda, minha mãe com diagnóstico de leucemia, tendo que se internar pra fazer quimioterapia, a porra da sombra da morte parada em cima da gente.Minha mãe na verdade me surpreendeu, ela encarou de frente, não se desesperou, e enquanto todo mundo ficava enchendo o saco dela " você pode chorar, não precisa se fazer de durona", ela simplesmente sorria e dizia que só queria fazer o tratamento e torcer pelo melhor, e o importante são as boas vibrações das pessoas. De repente eu não me senti tão alienígena, se minha mãe consegue encarar uma situação dessas assim, sem arrancar os cabelos e entrar em choque, talvez eu tenha outros motivos pra ser como eu sou, e vou com ela até o fim.
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