quarta-feira, maio 30, 2007

Vergonha do que acontece no Brasil, muita vergonha. Já há algum tempo estava decepcionado com o rumo que as coisas estavam tomando na política, mas ultimamente isto vem piorando, a cada semana surgem novos indícios de esquemas criminosos envolvendo deputados e senadores da república, e as operações realizadas, corretamente ao meu ver, pela polícia federal têm sido duramente criticadas e muitas vezes tornnadas inúteis pela ação do sistema judiciário.O que se percebe é que a sujeira, a lama da corrupção não é algo que corrompeu o sistema, mas é a base de todo o sistema, este país precisa de uma revolução, talvez não uma revolução armada e violenta, mas uma revolução cultural, precisamos ensinar às crianças que "se dar bem" a qualquer custo não é a coisa certa a fazer, não é a maneira correta de viver. Pra cada milhão de reais que é desviado numa operação ilegal, centenas de crianças ficam sem educação, ou sem merenda escolar,para cada milhão desviado centenas de pais deixam de conseguir emprego na construção civil, centenas de pessoas sofrem acidentes de trânsito por falta de investimentos na manutenção das rodovias do país.Falam na televisão que é um absurdo "pessoas de bem" serem algemadas pela polícia, não são bandidos, não mataram ninguém. Mentira! São assassinos e deveriam ser tratados como tais, são eles os responsáveis por grande parte do mal que corrói o país.Os políticos corrompem, e são corrompidos e assim roubam nossa qualidade de vida, e até mesmo nossa própria vida.As igrejas nos amansam e dizem que estamos aqui para sofrer, e que nenhum sofrimento se compara ao do nazareno, e assim roubam nosso livre-arbítrio. Mentirosos e corruptos todos eles; esse é o inferno que eles próprios criaram, nosso Brasil.
Sujeira gera sujeira, caos gera caos, e o povo assiste a tudo como se nada pudesse fazer, é realmente muito triste...

quarta-feira, maio 23, 2007

Sem saúde, sem ânimo , sem nada...

domingo, maio 20, 2007


Não gostava de se olhar no espelho, se sentia estranha, diferente. Mas não se engane, não havia nenhuma deformidade nela. Tinha um par de olhos lindos, um corpo com curvas bem delineadas, pés tamanho 34, e sombrancelhas perfeitamente desenhadas. Não era uma mulher extremamente bonita, mas sempre atraía olhares ao atravessar a rua.
Não gostava de se olhar no espelho, e não falava disso para ninguém. Teve um namorado uma vez, mas ele era tolo demais, feliz demais, não servia para ela, queria alguém para acompanhá-la em sua depressão, um parceiro de loucuras, queria uma combinação explosiva, e por isso largou aquele menino, nunca encontrou mais ninguém que lhe amasse. Ele não entendeu nada, mas aceitou, afinal já estava cansado de suas neuroses e suas crises constantes. Seguiu com sua vida como se ela fosse um nada. Ela ainda o cumprimentava quando se encontravam ocasionalmente nas ruas do bairro, e ele a ignorava, ela não existia mais para ele.
Não gostava de se olhar no espelho, havia algo de errado com a sua imagem. Sua mãe a havia criado como uma criada,havia esfregado o chão daquele banheiro e limpado aquele espelho horrível uma centena de vezes. Ela nunca lhe disse que ela era bonita, nem ao menos uma vez. Seu pai era um bêbado, e seu esporte favorito era ver a que distância ela caía quando lhe acertava um tapa.
Não gostava de se olhar no espelho, as marcas no seu braço, dos picos que tomava a incomodavam, não era viciada, podia parar a hora que quisesse, mas ela nunca quis parar, nem quando ficou tão endividada que teve que dar pro seu traficante, uma, duas ,três vezes, até ele enjoar dela.
Não gostava de se olhar no espelho, sentia-se gorda, e por isso comia tão pouco. Estava sempre faminta, e aqueles que olhavam para aqueles olhos lindos sentiam que havia alguma coisa ali, os mais tolos confundiam fome com intensidade.
Não gostava de se olhar no espelho e no dia em que se matou cobriu o maldito espelho com um lenço vermelho, mal se notava as manchas de sangue nele depois que ela meteu uma bala na cabeça...


Passado o dia das mães uma lembrança do massacre de Beslan na Rússia, onde várias crianças foram mortas por terroristas islâmicos. Uma pena que o que não é americano seja tão facilmente esquecido pelo mundo. Uma das fotos jornalísticas mais fodas que eu já vi, a dor da mãe te atravessa instantaneamente quando se olha para esta foto

sábado, maio 19, 2007



DORIAN - DEMONS &WIZARDS

Dorian
Amuse me
Sweet son of love
Sweet son of death
Adore me
And keep in every word I've said
Time is a bitter foe
A bitter foe
Until the end
And grace is like you my friend
My handsome one
My handsome one

Dorian
Time is jealous
Time is pain

The gods will give
The gods will take
Youth will wane
As age will gain
We'll turn into ashes
Like ashes will turn into dust
Will turn into dust
Will fade will fade will fade

Dorian
Oh how sad it is
Time is jealous
Time is pain

Oh how cruel
For me to know
Each breath will take beauty away
If I stayed young and the picture turned old
For that I would give everything

When our eyes first met
I should have left the room
I was growing cold and pale
Fatality
The picture's a mirror
But to whom does it belong?

Oh I damn the day
On that beautiful morning
Am I modern sinner
Or an ancient god
Pray I pray
Is there anything as pure as hate
For the prayer of my pride it has been answered
I can't free myself
From the spell of words
The twisted limbs, the gaping mouth, the lifeless eyes
Forever we are gone
You shall stay with me
I wonder if there's heaven
I wonder if there's heaven
There's nothing left of me

Dorian
Oh how horrible
All the damage you have done
Dorian
It's your beauty
Time will take
Ninguém quer morrer,mas quem quer viver para sempre? A idéia da imortalidade está sempre ligada a uma punição na mitologia, aquele que não pode morrer é um maldito, um vampiro, uma múmia, ou seja, um atormentado. A terminalidade da vida é o que a torna interessante, se vivêssemos para sempre talvez perdêssemos o joie de vivre. A Anne Rice trata bem disso quando descreve seus vampiros nas crônicas vampirescas. Muitos deles se tornam entediados com a vida e se matam expondo-se ao sol. Os que se mantêm "vivos" são aqueles que conseguem ainda ser arrebatados pelas emoções e achar que a vida e os mortais ainda são surpreendentes.
A vida é uma benção, a imortalidade uma maldição.

sexta-feira, maio 18, 2007

Eu sou um bêbado

quarta-feira, maio 16, 2007

"Knowledge is a deadly friend"
King Crimson - epitaph

Qual o estado natural do homem?
Bom, mal, ou livre para escolher seu destino?
Não sei porque o monstro pensa que é homem
Ou porque o homem pensa que é monstro
Não sei porque ele pensa as coisas que pensa
Mas se Carma existe o dele pesa uma tonelada
O pior é ter que carregar todos os dias uma coisa que ele não consegue ver nem tocar
Mas que o incomoda como agulhas nos seus olhos
Algum sábio vai lhe dizer que um dia todos encontraremos a paz
O monstro sabe a verdade
Para que uma centena de bons cordeiros encontrem a paz
Um punhado de monstros têm que lutar a guerra
E não importa quantos bons cordeiros encontrem a paz pelas mãos do monstro
Ele ainda tem que lutar a sua guerra todos os dias
O homem deixa a guerra para o monstro
E trabalha,ama,vive, respira, e dorme
E ao dormir sonha ser bom, ou mal, ou livre
E esquece que é monstro

terça-feira, maio 15, 2007

COLD BLOODY BEER



How did you get so cold?- asked me that pretty blond prostitute from 5th street

I showed her the scars in my chest and my wrists

First you cut yourself really deep with a good blade, then you lay down in a tub with ice cold beer, when you wake up, you will surely be very dead, or very drunk. But either way you will find yourself really, really cold, baby.- I answered

The bitch never talked to me again

segunda-feira, maio 07, 2007

"MEU NOME É ENÉAS"

Uma homenagem ao doutor Enéas Ferreira Carneiro, político e médico notável, formado pela Escola de Medicina e Cirurgia, minha escola.
Sou a favor da utilização das células tronco embrionárias para pesquisas, e a favor do aborto de bebês anencéfalos, mas o Dr.Enéas não. Ele fez um discurso na câmara que eu achei fantástico e vou postar ele aqui, uma opinião contrária à minha mas que merece ser mostrada, visto que a televisão(TV Globo) insiste em mostrar só um lado da discussão, segue também a biografia dele.




CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ Sessão: 223.2.52.O Hora: 20:28 Fase: OD Orador: ENÉAS, PRONA-SP Data: 20/10/2004

O SR. ENÉAS (PRONA-SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, com a permissão de V.Exa., vou usar os 5 minutos a que tenho direito.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que a questão é controversa, eu sei. Mas aquilo para que é preciso existir um alerta é para um processo desumano que vem crescendo em todo o planeta. Ninguém é dono da vida de ninguém. Com todo o respeito às senhoras, tenho três filhas e estou falando como médico. Ninguém é dono da vida de ninguém.O concepto, desde o momento da fecundação, da beleza que representa do ato genésico, é uma vida.Depois que houve a meiose, a partir daquele instante, quando o ovócito, segundo a ordem, se uniu ao espermatozóide, há um novo ser, que prescinde completamente daquilo que a senhora gestante pensa. Até o tipo sangüíneo é diferente. Aquilo é uma nova vida.É absolutamente destituído de qualquer fundamento o argumento de que -- como já ouvi muitas vezes de pessoas absolutamente destituídas de preparo -- o corpo é da mulher, ela tem o direito de decidir. Isso é absolutamente falso, isso é absolutamente mentiroso, isso é absolutamente cínico, chega a ser até algo próximo de eugenia, muito, muito, muito a favor de teses que ainda medram no espírito de muita gente, cuja tese ideal é de que o mundo seja feito de pessoas perfeitas, que não haja deficientes físicos, que seja o nosso planeta constituído de uma população de arianos. Isso é uma beleza, para quem pensa assim.Mas estudei, aprendi e tenho o direito de defender esta tese: o indivíduo gerado é um novo ser, nada dá o direito de eliminar essa vida. E para os que falam em anencefalia, é bom que se lembre a esses senhores -- alguns com diploma de médico também -- que, até o momento de nascer, aquela criatura está viva. Ela vai morrer, mas ninguém sabe exatamente o momento. E, dentre nós, quem sabe quando vai morrer? Quem tem a pretensa veleidade de dizer que sabe quando vai desaparecer, se é absolutamente impossível, de maneira científica? E como médico, muitas vezes fui inquirido sobre isso: quando vou morrer? Resposta: ninguém sabe. Que direito tem um cidadão, porque é médico, de decretar a morte daquele ser? Nenhum.

Estou falando aqui não em tese espiritual, estou falando em tese científica. E já um colega ilustre ali me disse: espiritualmente, sou contra isso. Não estou defendendo nenhuma tese espiritual, estou dizendo que, mesmo quando o Código Penal defende o estupro, ali há um erro, que mais à frente será corrigido, porque se houve o estupro, e a mulher está absolutamente violentada - e podia ser uma filha minha - eu digo que o ser que está ali não tem nada a ver com ela. Aquele ser que ali está é um ser vivo da espécie humana, que tem que ser defendido pelos congressos, pelas Casas Legislativas, pelo Poder Executivo e, fundamentalmente, pelo Judiciário, que se manifestou de maneira sábia agora.Quero encerrar dizendo para os senhores que o processo de permissão do aborto caminha junto com uma série de outras teses absolutamente destituídas de fundamento humanista, no sentido de que a população do nosso planeta seja constituída de seres privilegiados. Essa é que é a tese verdadeira! É assim que Malthus está renascendo É verdade, o neomalthuisianismo aí está, querendo que a sociedade seja feita de seres ideais. Agora, pergunto: ideais à imagem de quem? Quem é que tem coragem de dizer o que é o ideal? Será o ideal a tese expendida por Adolf Hitler? Será o ideal a tese de Mussolini? O que é o ideal? A miscigenação é um crime, nesses termos apenas.Levantei-me, sou de usar pouco o microfone, Sr. Presidente, raras vezes me manifesto, mas mais uma vez percebi que é hora de falar. E se a questão é preparo, eu o tenho; se a questão é diploma de médico, eu o tenho; se a questão é ensinar Medicina, faço isso há 30 anos.

Sei exatamente o que estou dizendo. E o recado para os brasileiros é: Cuidado! Que leis semelhantes a essa, ou proposição aqui apresentada, que teses nesse sentido -- e deixo registrados meus aplausos ao Supremo Tribunal Federal -- sejam coibidas, e que possamos, isso sim, caminhar em busca de uma sociedade solidária, em que o respeito à vida seja fundamental, de uma sociedade em que todos se respeitem, independentemente de origem, raça, religião ou qualquer outro tipo de convicção.Quero deixar bem claro que não tenho nada contra ninguém em particular, estou apenas defendendo o direito mais importante de todos: o direito à vida.Muito obrigado, senhores. (Palmas.)*

*eu assisti a este discurso e ele foi muito vaiado tbm.

http://www.providaanapolis.org.br/eneavida.htm


BIOGRAFIA

Enéas Ferreira Carneiro (Rio Branco, 5 de novembro de 1938 — Rio de Janeiro, 6 de maio de 2007) foi um político e médico cardiologista brasileiro. Como político, fundou o Partido da Reedificação da Ordem Nacional, o PRONA, foi três vezes candidato à Presidência da República e, em 2002, foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, recebendo votação recorde de mais de 1,57 milhão de votos.
Personalidade contrastante no folclore brasileiro, Enéas perdeu os pais aos nove anos de idade, sendo obrigado a trabalhar para sustentar seus irmãos. Em 1958 abandonou a vida humilde no estado do Acre para iniciar seus estudos no Rio de Janeiro. Em 1959 formou-se terceiro-sargento auxiliar de anestesia. Em 1965 formou-se em Medicina pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, com especialidade em Cardiologia. O livro didático dele sobre eletrocardiograma fez tanto sucesso entre os alunos de medicina que era conhecido como A Bíblia do Enéas. A produção acadêmica de Enéas, entretanto, não se restringe à medicina, e ele é autor de artigos sobre diversos assuntos, desde Cardiologia, até Filosofia, Lógica e Robótica. Em 1980 foi diplomado como médico do Hospital do Câncer do Rio de Janeiro.
Enéas fundou, em 1989, o Prona, lançando-se imediatamente candidato à Presidência nas primeiras eleições diretas do Brasil, após o período da Ditadura Militar. O seu tempo na propaganda eleitoral gratuita era de apenas dezessete segundos. Todavia, sua imagem exótica (um homem pequeno, calvo, com enorme barba cerrada e grandes óculos), aliada a uma fala rápida e discurso inflamado e ultranacionalista (terminado sempre por seu indefectível bordão: "Meu nome é Enéas"), fez com que o então desconhecido político angariasse mais de 360 mil votos, colocando-o em 12º lugar entre 21 candidatos. A propaganda vinha sempre acompanhada pela Quinta sinfonia de Beethoven.
Percebendo a penetração de sua imagem junto ao eleitorado, Enéas voltou a se candidatar em 1994, dispondo então de um minuto e 17 segundos no horário eleitoral. Mesmo sendo o Prona um partido ainda sem expressão, o resultado surpreendeu os especialistas em política. Enéas foi o terceiro mais votado, posicionando-se à frente de políticos consagrados, como o então governador do Rio de Janeiro Leonel Brizola, do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, e do ex-governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, com mais de 4,6 milhões de votos (7%).
Em 1998, com um minuto e 40 segundos disponíveis no horário eleitoral, Enéas expôs seu discurso nacionalista como nunca havia feito antes. Suas ideias, entretanto, como a construção da bomba atômica, a nacionalização dos recursos minerais do subsolo brasileiro e a ampliação do efetivo militar, consideradas polêmicas, passaram a ser usadas como arma política para deter sua crescente popularidade. Nas eleições presidenciais daquele ano, foi o quarto colocado.
Em 2000 candidatou-se à prefeitura de São Paulo, sem muito sucesso, embora tenha conseguido reunir votos para a eleição de sua candidata a vereadora Havanir Nimtz. Em 2002 candidatou-se a deputado federal por São Paulo, obtendo a maior votação da história brasileira para aquele cargo. Seu partido obteve votos suficientes para, através do sistema proporcional, eleger mais três deputados federais (mesmo com votações inexpressivas, abaixo dos mil votos). Este episódio ficou marcado pela polêmica de que alguns destes candidatos teriam mudado de colégio eleitoral de forma ilegal apenas para serem eleitos pelo princípio da proporcionalidade, confiando nos votos conferidos ao partido através de Enéas. Enéas também participou ativamente das eleições para prefeitos e vereadores em 2004, ajudando a eleger vereadores em várias capitais, como Rio e São Paulo, e prefeitos em pequenas cidades.
Enéas Carneiro apresentava-se como um político nacionalista e radicalmente contrário ao aborto e à união civil de pessoas do mesmo sexo. Alguns críticos o associavam como um novo ícone do Movimento Integralista. Analistas enxergam Enéas como um fruto da democracia moderna, alegando que sua imagem excêntrica e seu bordão ("Meu nome é Enéas") se sobrepõem ao seu discurso hermético e intelectualizado frente às classes mais pobres da sociedade brasileira. De uma forma ou de outra, é um dos políticos mais populares do Brasil.
No início de 2006, Enéas passou por sérios problemas de saúde, uma pneumonia e uma leucemia, que fizeram com que perdesse sua folclórica barba. Ainda em função de seus problemas de saúde, em junho de 2006 Enéas anunciou que desistira de sua candidatura à Presidência da República e que concorreria novamente à Câmara de Deputados. Na nova campanha, mudou seu bordão para "Com barba ou sem barba, meu nome é Enéas, 5656!". Foi reeleito com a quarta maior votação no estado de São Paulo, atingindo 386 905 votos, cerca de 1,90% dos votos válidos no estado.
Após o primeiro turno das eleições presidenciais de 2006, seu partido, o Prona, se funde com o PL e então é fundado um novo partido, o Partido da República.
Vítima de leucemia, Enéas realizou tratamento quimioterápico em um hospital. Quando percebeu que o seu tratamento já não apresentava resultados, resolveu ir para casa, onde permaneceu até a sua morte. Enéas Carneiro faleceu aproximadamente às 14 horas do dia 6 de maio de 2007, no bairro das Laranjeiras, zona sul do Rio. Seu corpo foi velado no Memorial do Carmo e cremado, no dia 7 de maio, no cemitério do Caju, na zona portuária do Rio.
(Retirado da Wikipédia)

VEJA TAMBÉM:

Enéas Ferreira Carneiro do Prona - Sábado Especial - Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=n01qL8pEkZI&mode=related&search=

Enéas Ferreira Carneiro do Prona - Sábado Especial - Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=xeYT7IIaa8Y&mode=related&search=

Enéas Ferreira Carneiro do Prona - Sábado Especial - Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=7Y9Si-kmWvY&mode=related&search=

Enéas Ferreira Carneiro do Prona - Sábado Especial - Parte 4
http://www.youtube.com/watch?v=pdr68vTpIJM&mode=related&search=

Enéas Ferreira Carneiro do Prona - Sábado Especial - Parte 5
http://www.youtube.com/watch?v=tsfKj93v7X0&mode=related&search=

sábado, maio 05, 2007


Escolhemos viver entre os desafortunados,comer, beber e respirar doença. Conhecer o indivíduo em seu momento mais negro, vê-lo nascer, vê-lo definhar e desvanecer, voltando ao seu estado natural de inexistência. Escolhemos segurar sua mão , olhá-lo nos olhos e lhe ceder esperança, doar uma crença na beleza da vida que não temos, um otimismo irreal, uma segurança que ninguém nos passou. Nos recusamos a admitir derrota, carregamos o peso do nosso orgulho até as últimas conseqüencias, senhores da morte, que piada!Adoeceremos, perderemos nosso otimismo, nossa crença na vida e por fim nosso amor por nossos pacientes. Nosso orgulho será esmagado pelo sistema, por fim morreremos ou enlouqueceremos. Nós olhamos por eles, mas quem olha por nós?

quarta-feira, maio 02, 2007

FALSA FACE



Impassível, aquela face que me acusa,bela e cruel. Inocência perdida, dor que não conhece razão, e se ainda assim, minha mão se levantar contra ela, serei eu a chorar, não pelo ato, mas pela falsa intenção. Então como escapar? Devo adular, sorrir falsamente, rezar?Somos monstros escondidos sob uma face anjelical. Somos selvagens transvestidos de civilizadores. Somos aquela árvore decadente, que antes de ser atingida por um raio se imagina mobília.Com quantos disfarces devemos nos enganar? Quantas faces devemos encarar até admitir que estamos verdadeiramente perdidos?
ESQUECIDOS





Tiraram de nós nossas armas e nossos brasões,cuspiram em nossa face e nos colocaram sob grilhões. Ao menos deixaram que nós nos despedíssemos de nossas famílias, os malditos. Nós não éramos dignos, nossa honra havia sido manchada, que piada! Mas não fomos nós que morremos por eles naquele campo de batalha? Não foi o nosso sangue que manchou aquele solo para sempre? Não é por nosso feito que eles agora respiram e riem de nosso infortúnio?
Mas eles não se importaram, nosso crime era cruel demais, nosso lugar agora eram as montanhas. E eles tomaram esta decisão com conforto, pois sabiam que nós não nos voltaríamos contra eles, não com nossas mulheres e nossos filhos sob suas adagas, adagas escondidas sim, mas não menos aviltantes por isso.
Então marchamos, dia e noite seguindo nosso general, aquele que de nós mais sofreu,e naquelas montanhas nos mantivemos, aguardando, esperando, lutando contra a natureza, hostil e impassível à nossa agonia. Agora chegou o momento de nosso retorno, e quem estará esperando por nós?Nossas famílias se dissiparam no mundo séculos atrás, nossos pecados esquecidos por todos, mas nós nos mantivemos aqui. Quem pagará com sangue pelo nosso exílio e maldição?Nenhum deles é inocente, nenhum deles é inocente...

terça-feira, maio 01, 2007

"There is a void in my chest where i once had a heart, and from this emptiness springs all the suffering in the multiverse. At first the pains are like a kiss, hot and breathy and welcome.They reach out with long, cajoling fingers and make my bones hum with delight. I warm to the touch and, thought i know what must follow, yearn for more.My flesh tingles and flushes and shudders,and the more ecstasy builds, the more the void pours forth untill bliss rolls half a turn and becomes sweet agony.
Then my body nettles with a blistering itch no ointment can heal, and the greater my woe, the more scalding the anguish that seethes from the empty well inside. I boil in my own sick regret, and i cannot staunch the flow.It billows up in white plumes and blanches my bones with sorrow. I burn with the shame of a thousand evils i cannot recall, and still the well pours forth..."
-De "Pages of Pain"