A ilusão
Como a quimera que sonhei
Queima algo bem em mim
Como a ferida que cocei
Foi a flor que eu lhe dei
O avesso do carmim
Um botão negro de rosa
Com espinhos, espinhos sem fim
E você, toda prosa
Ousou amar-me, enfim
Arrastou-me por meus pêlos
Mostrou-me seu cetim
Amarrou-me em seus cabelos
A mancha escura no marfim
Me vi cego, sem direção
Louco, maníaco, sedado
A droga da paixão
O miocárdio arrasado
Mas há algo ali no chão
Uma sombra? Alguém parado?
É a maldita razão
A ilusão de estar curado
Marcadores: Poesia
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