sábado, junho 30, 2012

Tive uma visão inspiradora hoje. Nem tudo é tão ruim assim...

quinta-feira, junho 28, 2012

Budapeste


Pensei em correr
Pensei em rasgar essa pele e sair
O cheiro de sangue
Os dentes brancos
Um convite para entrar
Limpei suas feridas
Abri seus olhos
E estremeci
Partilhei meu sangue
E você chorou
Aquele foi o dia em que morri
O dia em que minha alma deixou de existir
Amaldiçoei seu nome
Quis te esquecer
Mas o tempo é inexorável
E deixa as feridas pra trás
Então não se esqueça
Aonde quer que o vento nos leve
Seja com sangue, suor, lágrimas ou pus
À beira da verdadeira morte, ou aos portões do inferno
Não se esqueça
Nós sempre teremos aquela noite
Nós sempre teremos Budapeste




terça-feira, junho 26, 2012

Enfim de férias, tem alguma coisa em acordar todos os dias às 5 horas da manhã que não é fisiológico. Depois do plantão de domingo também tava precisando dar um tempo do hospital, falar pra uma mãe que o filho dela não tem mais possibilidade terapêutica é uma merda, detona o espírito de qualquer um. Hora de recarregar as baterias.

segunda-feira, junho 25, 2012

Partes


Parte de mim é tristeza, parte de mim é solidão. 
Uma parte é largada, a outra não é não.
Parte de mim é segredo, outra parte é invenção.
Parte é pesadelo, e parte assombração.
Há partes sem sentido, há partes com paixão.
Nenhuma parte é morta, nenhuma é viva não.
Metade foi-se embora, metade tá no chão...
Dois terços são loucura, e um terço é razão.

sábado, junho 23, 2012

Mangue

Não podia mandar-lhe flores
Ou doces, ou ilusão
Não podia falar de amores
Nem da minha podridão

Podia provar de seu sangue
Podia amar sua solidão
Mas decidi enterrá-la num mangue
Que chamei de coração

Vaguei por um beco sujo
Caminhei sem direção
Vadiei como um marujo
Que não conhece a solidão

Fiz rimas baratas, criei mil teorias
Busquei no peito erratas
Inventei uma utopia

Finalmente entendi
Desisti da contradição
Há apenas uma morte
Apenas uma concepção

Mas naquele mangue sepultado
Há cadáveres em profusão
Há sonhos amputados
Não há lugar para redenção



Dream Evil - The Ballad



Sensacional, os caras tem um senso de humor do caralho, ainda tenho q ver eles ao vivo.Recomendo.
Visita sexta e sábado e plantão domingo... último suspiro antes das férias.

quinta-feira, junho 21, 2012

You looking at me?

Não vou fazer nenhuma apologia partidária aqui, até porque acho que todos os partidos são peças podres de um jogo imoral, mas essa foto da presidente é foda, primeiro porque os algozes dela estão todos escondendo o rosto, num misto de vergonha e medo talvez. Depois ela novinha numa pose totalmente badass motherfucker, tem muito mais bolas que o bundão do lula, que agora decidiu se juntar com um criminoso procurado pela interpol, aka Maluf.

quarta-feira, junho 20, 2012

Sam Hall - Johnny Cash


Well, my name it is Sam Hall, Sam Hall.
Yes, my name it is Sam Hall; it is Sam Hall.
My name it is Sam Hall an' I hate you, one and all.
An' I hate you, one and all:
Damn your eyes.

I killed a man, they said; so they said.
I killed a man, they said; so they said.
I killed a man, they said an' I smashed in his head.
An' I left him layin' dead,
Damn his eyes.

But a-swingin', I must go; I must go.
A-swingin', I must go; I must go.
A-swingin', I must go while you critters down below,
Yell up: "Sam, I told you so."
Well, damn your eyes!

[Instrumental break]

I saw Molly in the crowd; in the crowd.
I saw Molly in the crowd; in the crowd.
I saw Molly in the crowd an' I hollered, right out loud:
"Hey there Molly, ain't you proud?
"Damn your eyes."

Then the Sherriff, he came to; he came to.
Ah, yeah, the Sherriff, he came to; he came to.
The Sherriff, he come to an he said: "Sam, how are you?"
An I said: "Well, Sherriff, how are you,
"Damn your eyes."

My name is Samuel, Samuel.
My name is Samuel, Samuel.
My name is Samuel, an' I'll see you all in hell.
An' I'll see you all in hell,
Damn your eyes.

Do caralho essa música, eu achava que era do cash, mas parece que é uma música folk americana, muito antiga mesmo.Acho q as músicas boas sobrevivem...

segunda-feira, junho 18, 2012

Tempo


O tempo cura corações partidos, despedaçados e pisados,
Mas o tempo é relativo, quanto tempo?
O tempo é a morte, o tempo voa, mas não volta atrás.
Voa em linha reta ou espiral?
E em seu voô o tempo não pára?
Não pare, é perda de tempo.
Quanto tempo temos?Quanto tempo falta?
É a falta de tempo que mata...
Será que ainda temos tempo?
Não.
O seu tempo acabou.
O nosso tempo acabou.


Porque quando a gente termina com alguém todas as músicas idiotas da rádio começam a fazer sentido?

sábado, junho 16, 2012

Até que São Paulo não é tão ruim assim. Bom encontrar meu brother Sales. Voltarei um dia pra fazer um tour gastronômico.

sexta-feira, junho 08, 2012

Grunting in the dark


Minha mãe gosta de dizer que eu estou de luto por alguma coisa por gostar tanto de preto, talvez eu esteja, talvez eu esteja de luto pela humanidade, pelo inferno que é ser humano.A humanidade perdida, a inocência perdida, por vezes me sinto buscando essa humanidade,busco no meu trabalho, no contato com os doentes, mas as vezes eu sinto que essa é uma busca vazia.
As coisas não me afetam como deveriam, por vezes sinto como se tivesse uma passividade que beira a apatia, e isso me incomoda.Em algum momento do passado eu precisei ficar assim, não podia mais deixar as outras pessoas me incomodarem, você dá poder aos seus inimigos quando permite que eles atinjam seu bem-estar, que invadam seus pensamentos, mas isso tem um preço, a frieza não te abandona, e você tem que aprender a viver com ela, e isso afeta seus relacionamentos, suas amizades, sua visão do mundo.E você caminha entre as outras pessoas como um pária, vestindo uma face pro mundo que é a sua própria caricatura, é o que você poderia ser, mas que na verdade não é, e ninguém nunca vai entender isso.Mas talvez isto faça parte da experiência humana,talvez esse sentimento de não pertencer seja o caminho pra outra coisa,talvez haja algo que valha a pena vagando no abismo, talvez um dia essas coisas façam sentido...