quinta-feira, junho 28, 2012

Budapeste


Pensei em correr
Pensei em rasgar essa pele e sair
O cheiro de sangue
Os dentes brancos
Um convite para entrar
Limpei suas feridas
Abri seus olhos
E estremeci
Partilhei meu sangue
E você chorou
Aquele foi o dia em que morri
O dia em que minha alma deixou de existir
Amaldiçoei seu nome
Quis te esquecer
Mas o tempo é inexorável
E deixa as feridas pra trás
Então não se esqueça
Aonde quer que o vento nos leve
Seja com sangue, suor, lágrimas ou pus
À beira da verdadeira morte, ou aos portões do inferno
Não se esqueça
Nós sempre teremos aquela noite
Nós sempre teremos Budapeste