sábado, setembro 25, 2010

Estranho

Gosto de poesia para os bêbados
E música para os mortos
Gosto dos dias de louco
E das noites de pária
Gosto das manhãs sem sol
E das noites de chuva
Gosto dos sorrisos nervosos nas mentiras
E dos gaguejos inesperados nas ameaças
Gosto das estátuas de rua e dos cães sem dono
Da cidade sem pessoas, sem som e sem cor
Gosto de amigos insanos e porres homéricos
Gosto da solidão
E ainda que duvides
Gosto de você